Não é do Santo que gostaria de falar, mas do homem, que viveu com ideais tão a frente de seu tempo e sua realidade, talvez por isso tenha ultrapassado as religiões e se tornado um modelo de amor a natureza, de desapego ao material, de renúncia.
Dedicação era seu lema, extremas eram suas atitudes, “exagerado” seu amor, mas era tanto amor que falava com as plantas, com o sol a lua e toda a natureza como seus irmãos, aliás, sugava da natureza sua existência como um bebê suga o leite de sua mãe.
Amar aos pobres, meu Deus como isso é difícil!!!! Se pensarmos que amar e dividir tudo com o amado teremos certeza que nossas palavras são só palavras, que os discursos são bonitos mas totalmente vazios. O que damos aos nossos irmãos miseráveis? o que fazemos pelos mais necessitados? um prato de sopa no inverno, alguns agasalhos, um trocado nos sinaleiros, trabalhamos em algum projeto social, mas todos voltamos para casa no final do dia, sentamos à mesa farta, dormimos aquecidos e abrigados e sonhamos sonhos lindos, que nada tem a ver com a real miséria, aquela que Francisco assumiu por vontade própria. Como diz a Ópera Os Miseráveis: Deus seja louvado no pão partilhado.
Louco, era assim que muitos o chamavam, Lúcido demais é o que sabemos que ele era, uma lucidez que jamais conquistaremos.
Morreu jovem, este mundo não era para ela, para os Francisco de Assis Deus deve reservar um lugar melhor, mas limpo, honesto, sincero, onde as pessoas tem o mesmo valor e não existe desigualdade. Bom, já que não podemos ser como Francisco, pelo menos vamos tentar ser mais humanos, mais sensíveis as desigualdades sociais, mais amantes da natureza.
Francisco dizia: O AMOR NÃO É AMADO! EU VOU AMAR! Vamos fazer com que esta frase tenha sentido, não que seja mais uma loucura de Francisco e Amar o Amado como devemos.
Paz e Bem
Clélia Vannucci
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