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Acho que dá para imaginar que sou uma pessoa que não desiste nunca. Amo minha família, tento fazer do meu lar um lugar seguro. Sou feliz embora tenha realizado menos do que desejasse, mas acredito no futuro, e acredito no meu futuro e, mais ainda, acredito que vou mudar o futuro! Com Santo Antônio como padrinho sinto que o fazer o bem só faz bem.

domingo, 19 de setembro de 2010

60 ANOS DA TV BRASILEIRA

Só se fala nisso esta semana e, meu Deus, eu acompanhei quase tudo! Quando a TV chegou ao Brasil, e desembarcou no Porto de Santos trazida por Assis Chateaubriand, eu ainda não tinha nascido, mas estava quase lá. Meu pai comprou uma das primeiras TVs importadas pela Sears.


Lembro, quando bem pequena, em minha cidade, a vizinhança se reunia nas poucas casas que tinham aparelho para assistir a TV Tupi, aquele indiozinho da tela é o que praticamente se via, o horário de programação era muito pequeno e o rádio ainda ocupava um grande espaço em nossas vidas.

Assisti o Circo do Arrelia, mãe como aquilo era bom, quando o Pimentinha entrava e começava o: como vai como vai como vai, eu vou bem vou bem muito bem... ainda posso ouvir os dois se cumprimentando nas tardes de domingo. Depois me vem a lembrança o Vigilante Rodoviário, era um seriado nacional, aliás, o 1º. Americano tinham Lassie e Rim Tim Tim, dois cachorros dóceis e heróis, cada um com seu estilo e com suas estórias, como o Menino do Circo, e que também tiveram espaço especial em minha infância.A Feiticeira e outros vieram depois. Ah! tinha o “Papai sabe tudo” que era o máximo.

Na adolescência pertenci ao grupo de fãs da Jovem Guarda, a TV tinha Humorísticos que a família podia assistir toda junta, eram verdadeiros espetáculos, como shows do Teatro.

A TV não veio para separar a família e acabar com as conversas, ela tinha seu horário, juntava as pessoas e passava sua programação, acabava, aí a gente ficava, os adultos conversavam, as crianças brincavam. Nós é que não soubemos dosar a coisa e aceitamos qualquer tipo de programação, não exigimos que a TV continuasse em seu nível, deixamos qualquer coisa entrar em nossas casas e nos calamos para assistir, colocamos um aparelho em cada cômodo da casa e separamos a família.

Não podemos condenar um veículo que nos traz informação tão rápido e com tanta eficiência, que nos distrai com seriados, novelas e muita coisa boa. Temos a TV Regional que torna nossas cidades mais próximas e unificadas. Nem tudo são flores, mas ela também não é um Circo de Horrores. Devemos ser seletivos com o que assistimos, com o que nossas crianças assistem, sem esquecer que a formação de caráter de uma pessoa não é feita pelo que ela assiste na TV, mas pelos exemplos vistos dentro de casa. Se nos assustamos com as novelas ou as notícias, não podemos esquecer que eles retratam nossa realidade, nosso dia a dia, então ao invés de criticar que tal revermos os nossos valores?

Parabéns a TV Brasileira, que atravessou crises, abriu e fechou canais, ensinou e ainda ensina, literalmente, com seus programas e canais educativos, com seus profissionais sérios, parabéns por ter crescido e hoje exportar programas.

Vamos assistir TV e vamos discutir os programas e escolher o que convém a nós e nossas famílias, para que ela seja sempre e cada vez melhor.

Clélia Vannucci


2 comentários:

  1. Adoro a forma com que você comenta os assuntos!
    Te amo tia!

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  2. Gostei muito de sua postagem sobre a TV.
    Eu também acompanhei bastante.
    Vc. assistiu o Capitão 7? O Mandrake? (os dois na Record). Tinha um outro Capitão mas eu acho que era na Tupi. Jet Jackson (filme). Eu gostava muito. Mas é como você bem falou: a gente também brincava e conversava. Beijão. Adoro seu Blog. Oswaldo

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